sábado, 17 de março de 2012

Processos mentais - Cognitivos

 Os chamados “processos mentais” interagem com a nossa vida em três dimensões, ou seja ligam-se ao nosso saber ao sentir e ao fazer. Estes processos surgem logo após o nosso nascimento, para que consigamos nos relacionar com a realidade física e social. O primeiro dos processos a ser definido é o chamado processo cognitivo[1]. Este está relacionado com o saber, com o conhecimento, utilizando sempre a informação do meio interno e externo. De entre os processos cognitivos estão:
a)      A percepção;
b)      A memória;
c)       A aprendizagem.
Mas o que nos interessa mais especificamente dentre destes processos é a aprendizagem. A aprendizagem é a capacidade de que quotidianamente necessita-mos para responder adequadamente às diferentes solicitações e desafios que se nos colocam na nossa interacção com o meio. Mas será que existe apenas um único tipo de aprendizagem, ou seja, aprende-se sempre da mesma maneira, independentemente do objectivo da aprendizagem?

Figura 1.1 - Elementos caracterizadores da aprendizagem


Segundo (Pinto, Jorge, 1999), “a aprendizagem é uma capacidade que pomos em acção quotidianamente para dar respostas adaptadas às solicitações e desafios que se nos colocam devido às nossas interacções com o meio”. Já para (Coimbra, et.al, 2002) é o “Conjunto de processos psicológicos (cognitivos, emocionais, motivacionais e comportamentais) que permitem que as pessoas adquiram (ou aprendam) algo de novo”.

A aprendizagem tem como finalidade ajudar a desenvolver as capacidades nos indivíduos para que eles possam estabelecer relações com o meio em que vivem. Assim desta forma, a mesma está inevitavelmente ligada á história do homem, à sua construção enquanto ser social com capacidade de adaptação a novas situações.
Quanto aos processos de aprendizagem, estes podem ser divididos em dois tipos, a não simbólica (não associativa e associativa), e a simbólica. Dentro da aprendizagem simbólica temos a aprendizagem por habituação, que consiste na diminuição da tendência para responder a estímulos que por vezes se tornam familiares, devido á exposição consecutiva aos mesmos. Assim aprendemos a ignorar estímulos conhecidos, aumentando a nossa capacidade de adaptação a outras aprendizagens que possam surgir.

Estes dois tipos de aprendizagem foram defendidos por Ivan Pavlov[2], que afirmava que a aprendizagem resultava de associações entre estímulos e respostas.

O (E) estímulo é qualquer elemento do meio que produz efeito sobre o organismo, provocando uma reacção ou alteração no comportamento. A (R) resposta é qualquer actividade do organismo que sucede á captação do estímulo, pode ser um movimento, uma secreção glandular, um pensamento ou emoção. Ivan Pavlov desenvolveu alguns conceitos que a seguir se apresentam.
Figura 1.2 – Conceitos desenvolvidos por Ivan Pavlov.

Outro dos estudos acerca da aprendizagem foi feito por Thorndike e Skinner, que estudaram o comportamento do organismo como um todo. Na sequência das suas experiências Thorndike enunciou a Lei do Efeito, que diz que uma resposta seguida de um reforço positivo tem mais probabilidade de ocorrer.  


 



[1] O termo cognição designa um conjunto de processos de conhecimento adquiridos, que se adaptam e que permitem uma progressiva capacidade de resolver problemas.
[2] Ivan Pavlov foi um cientista Russo que se dedicou ao estudo do condicionamento.


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